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Guia completo: Como ser um bom ordenador de despesas

Se você é um servidor público investido de autoridade para emitir empenho, autorizar pagamentos, suprimentos ou dispêndios de recursos, então você é um ordenador de despesas. Mas ser um bom ordenador de despesas é fundamental para garantir a eficiência e a efetividade da gestão pública. Neste guia completo, compartilho as melhores práticas e as competências essenciais para quem deseja ser um ordenador de despesas exemplar.

Primeiramente, é importante compreender as funções e responsabilidades do ordenador de despesas, que vão desde a aplicação do Plano Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do orçamento até a apuração de responsabilidades e a prevenção de superfaturamento e sobrepreço. Além disso, o ordenador de despesas deve ser um líder, um agente condutor e uma referência de comportamento e desempenho para todos os envolvidos na gestão pública.

Para ser um bom ordenador de despesas, é preciso ter competências técnicas e comportamentais, como conhecimento da legislação, habilidade de negociação, capacidade de análise e síntese, senso de responsabilidade e ética, entre outras. Este guia completo apresentará cada uma dessas competências em detalhes, com exemplos práticos e dicas para aprimorá-las. Se você deseja ser um ordenador de despesas eficiente e efetivo, siga este guia completo e torne-se um profissional exemplar na gestão pública.

O papel do Ordenador de Despesas

Como Ordenador de Despesas, tenho a responsabilidade de autorizar e fiscalizar os gastos públicos, garantindo que sejam realizados de acordo com a legislação vigente e com os princípios da Administração Pública.

Responsabilidades

Dentre as minhas responsabilidades como Ordenador de Despesas, destacam-se:

  • Autorizar despesas e pagamentos;
  • Verificar a disponibilidade orçamentária e financeira para realização dos gastos;
  • Fiscalizar a execução dos contratos e convênios;
  • Prestar contas dos gastos realizados;
  • Garantir a legalidade, publicidade e eficiência dos gastos públicos.
ordenador de despesas responsabilidades

Para cumprir essas responsabilidades, é necessário estar atento às normas e regulamentos que regem a Administração Pública, como a Constituição Federal, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei Orçamentária Anual e as normas do Tribunal de Contas.

Além disso, é preciso ter habilidades de gestão e liderança para garantir que os recursos públicos sejam utilizados da melhor forma possível, em benefício da sociedade.

Em resumo, ser um bom Ordenador de Despesas requer conhecimento técnico, ética e comprometimento com o interesse público.

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Processos de Licitação e Contratação

Como ordenador de despesas, é importante entender os processos de licitação e contratação da administração pública. Esses processos são regulamentados pela Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 14.133/2021) e têm como objetivo garantir a legalidade, publicidade, eficiência e moralidade nas contratações realizadas pelos órgãos públicos.

Licitando Serviços

A licitação é o processo por meio do qual a administração pública contrata obras, serviços, compras e alienações. Antes de iniciar o processo de licitação, o ordenador de despesas deve se certificar de que a Lei Orçamentária Anual consigna saldo nas dotações orçamentárias suficientes para realizar a despesa. É importante também que o edital de licitação seja claro e objetivo, para que as empresas interessadas possam participar de forma igualitária.

Durante o processo de licitação, o Tribunal de Contas pode acompanhar e fiscalizar a legalidade dos atos praticados. É importante que o ordenador de despesas esteja atento a todas as etapas do processo, para garantir que a contratação seja realizada de acordo com a lei.

Contratos da Administração Pública

Os contratos da administração pública devem seguir as normas estabelecidas pela Lei de Licitações e Contratos. É importante que o contrato seja claro e objetivo, para evitar possíveis interpretações equivocadas. O ordenador de despesas deve se certificar de que todas as cláusulas contratuais estejam de acordo com a lei e que o objeto do contrato seja devidamente especificado.

A autoridade competente deve fiscalizar a execução do contrato, para garantir que o serviço seja prestado de forma eficiente e que o pagamento seja realizado apenas após a entrega do serviço. É importante que o servidor público esteja sempre atento às obrigações e responsabilidades do contrato, para evitar possíveis problemas futuros.

Em resumo, os processos de licitação e contratação da administração pública devem ser realizados com transparência e objetividade, para garantir a legalidade e eficiência nas contratações realizadas pelos órgãos públicos. O ordenador de despesas tem um papel fundamental nesse processo, devendo estar sempre atento às normas e procedimentos estabelecidos pela lei.

Empenho e Pagamento da Despesa

Como ordenador de despesas, é importante entender as etapas do processo de execução orçamentária. Uma dessas etapas é a emissão do empenho, que é a reserva de recursos para o pagamento da despesa. O empenho deve ser realizado de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira.

Após a realização do empenho, é necessário proceder com a liquidação da despesa. A liquidação é a verificação do cumprimento da obrigação contratual e a comprovação do direito do credor ao recebimento do pagamento. A liquidação deve ser realizada de acordo com os termos do contrato e com as normas legais e regulamentares.

Regular Liquidação

Para garantir a regular liquidação da despesa, é necessário observar os seguintes princípios:

  • Legalidade: a despesa deve estar prevista no orçamento e ser autorizada por lei;
  • Publicidade: a despesa deve ser divulgada de forma clara e transparente;
  • Eficiência: a despesa deve ser realizada de forma eficiente, buscando o melhor uso dos recursos públicos.

Após a liquidação da despesa, é possível realizar o pagamento. O pagamento deve ser feito de acordo com as normas legais e regulamentares, observando os prazos e as condições estabelecidas no contrato. É importante ressaltar que o pagamento antecipado só é permitido em casos excepcionais e devidamente justificados.

Como ordenador de despesas, é fundamental garantir a regularidade e a eficiência do processo de empenho e pagamento da despesa. Para isso, é necessário ter conhecimento das normas legais e regulamentares, bem como dos princípios que regem a administração pública.

Lei de Responsabilidade Fiscal

Como ordenador de despesas, é fundamental conhecer e compreender a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece parâmetros a serem seguidos em relação ao gasto público de cada ente federativo brasileiro. A LRF foi criada em 2000 e tem como objetivo promover a responsabilidade na gestão fiscal, por meio do controle, da transparência e do planejamento.

Dentre os principais aspectos da LRF, destacam-se a transparência na gestão fiscal, a publicidade, a legalidade, a eficiência e a tomada de contas especial. A seguir, abordaremos com mais detalhes a tomada de contas especial.

Tomada de Contas Especial

A tomada de contas especial é um procedimento administrativo que tem como objetivo apurar responsabilidades por ocorrência de dano à administração pública. É uma ferramenta importante para garantir a correta aplicação dos recursos públicos e a punição dos responsáveis por irregularidades.

A tomada de contas especial é realizada quando há omissão ou irregularidade na prestação de contas, quando há desfalque ou desvio de dinheiro público, quando há dano ao erário ou quando há outras situações que justifiquem a sua realização.

Cabe ao ordenador de despesas, dentre outras atribuições, a análise da regularidade das contas e a avaliação da legalidade e legitimidade dos atos de gestão. É importante que o ordenador de despesas esteja atento às normas da LRF para evitar a ocorrência de irregularidades e, consequentemente, a instauração de tomadas de contas especiais.

Em resumo, a LRF é uma lei importante para a gestão fiscal responsável e eficiente. Como ordenador de despesas, é fundamental conhecer e aplicar as normas da LRF, a fim de garantir a legalidade, a transparência e a eficiência na gestão dos recursos públicos. A tomada de contas especial é uma ferramenta importante para apurar responsabilidades por irregularidades e garantir a correta aplicação dos recursos públicos.

Prestação de Contas do Ordenador de Despesas

Como ordenador de despesas, é minha responsabilidade prestar contas de todas as movimentações financeiras realizadas. De acordo com a Constituição Federal, qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos deve prestar contas.

A prestação de contas é uma forma de transparência e responsabilidade com o dinheiro público. Ela deve ser feita de forma clara e objetiva, comprovando a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos gastos realizados. Para isso, é importante manter todos os documentos e comprovantes de pagamento organizados e acessíveis.

Além disso, é necessário estar atento aos prazos para a prestação de contas. A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que a prestação de contas deve ser realizada a cada quadrimestre e ao final do exercício financeiro. Caso haja atraso na prestação de contas, o ordenador de despesas pode ser penalizado.

Por fim, é importante ressaltar que a prestação de contas não se limita apenas à apresentação dos documentos. É necessário também estar disponível para esclarecer dúvidas e fornecer informações adicionais sempre que necessário. A transparência e a honestidade são fundamentais para um bom ordenador de despesas.

Ordenador de Despesas perante a Lei de Crimes Fiscais

Como ordenador de despesas, é importante estar ciente das leis e regulamentos que regem a gestão financeira pública. A Lei de Crimes Fiscais (Lei nº 10.028/2000) é uma dessas leis que deve ser levada em consideração.

De acordo com a Lei de Crimes Fiscais, o ordenador de despesas pode ser responsabilizado criminalmente caso cometa algum tipo de irregularidade na gestão dos recursos públicos. Algumas das principais infrações que podem ser cometidas pelo ordenador de despesas incluem:

  • Realização de despesas não autorizadas ou em desacordo com a lei;
  • Não observância das normas legais e regulamentares na realização de despesas;
  • Não prestação de contas dos recursos públicos;
  • Realização de operações de crédito sem autorização legal;
  • Realização de despesas sem comprovação da sua legalidade.

Para evitar essas infrações e garantir uma gestão financeira responsável, é importante que o ordenador de despesas esteja sempre atualizado sobre as leis e regulamentos aplicáveis e que observe rigorosamente as normas legais e regulamentares na realização das despesas.

Além disso, o ordenador de despesas deve manter um controle rigoroso sobre os recursos públicos e garantir que todas as despesas sejam devidamente autorizadas e comprovadas. Ele também deve prestar contas regularmente dos recursos públicos e estar sempre disponível para esclarecer quaisquer dúvidas ou questionamentos sobre a gestão financeira pública.

Em resumo, o ordenador de despesas tem uma grande responsabilidade na gestão dos recursos públicos e deve agir com diligência e responsabilidade para garantir uma gestão financeira responsável e em conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis.

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