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Quem controla o orçamento público? Um olhar sobre a Lei Orçamentária Anual

Quem controla o orçamento público?

O orçamento público é uma das ferramentas mais importantes que um governo possui para planejar e implementar suas políticas. Ele reflete as escolhas de uma nação sobre como alocar seus recursos financeiros e, em última análise, sobre como moldar seu futuro. Mas quem realmente controla o orçamento público? A resposta a essa pergunta exige um mergulho no coração do processo político e na estrutura constitucional que rege o orçamento público no Brasil.

Conforme estabelecido na Constituição Federal, um novo orçamento deve ser elaborado pelo Poder Executivo e autorizado pelo Poder Legislativo a cada ano, na forma de uma Lei Orçamentária Anual (LOA). Seu período de vigência coincide com o ano civil.

O processo orçamentário começa com o Poder Executivo, que tem a responsabilidade de elaborar a proposta de orçamento. Este processo envolve todas as esferas do governo e abrange uma série de atividades, desde a coleta de dados e análise das necessidades do país, até a formulação de políticas e estratégias para atender a essas necessidades.

A proposta orçamentária é então encaminhada ao Poder Legislativo para aprovação. O papel do Legislativo é de extrema importância nesse processo. Os parlamentares têm a tarefa de analisar a proposta do Executivo, discuti-la em detalhes e, finalmente, votar a proposta. Eles têm o poder de modificar a proposta, acrescentando ou diminuindo recursos para determinadas áreas, sempre respeitando os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Porém, o papel do Legislativo não termina com a aprovação do orçamento. Uma vez aprovado, o Legislativo também é responsável por monitorar a execução do orçamento pelo Poder Executivo. Este papel de supervisão é crucial para garantir a transparência e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos.

Além disso, a Constituição Federal estabelece que o Tribunal de Contas da União (TCU) auxilia o Congresso Nacional no exercício do controle externo. O TCU avalia a legalidade, a legitimidade e a economicidade da gestão orçamentária e financeira do país.

Por fim, cabe ressaltar o papel do cidadão no controle do orçamento público. A participação da sociedade é fundamental para o bom funcionamento da democracia e para a efetividade das políticas públicas. O cidadão pode e deve fiscalizar a utilização dos recursos públicos, podendo para isso utilizar ferramentas como o Portal da Transparência, que disponibiliza informações sobre a execução do orçamento de forma clara e acessível.

Em resumo, a gestão do orçamento público é uma tarefa compartilhada entre o Poder Executivo, que propõe e executa o orçamento; o Poder Legislativo, que o aprova e fiscaliza sua execução; o TCU, que auxilia na fiscalização; e o cidadão, que tem o direito de acompanhar e questionar o uso dos recursos públicos. Este sistema de freios e contrapesos é fundamental para garantir que o orçamento público reflita as necessidades e prioridades da sociedade, e que os recursos públicos sejam geridos de forma eficiente, transparente e responsável.

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Etapas do processo orçamentário.

  1. Elaboração do Orçamento: Esta etapa é realizada pelo Poder Executivo e envolve uma série de estudos e análises sobre as condições econômicas do país e as necessidades da população. Nesta etapa, são definidos os objetivos e metas da administração pública para o próximo ano, e são estimadas as receitas e despesas necessárias para atingir esses objetivos. O resultado é uma proposta orçamentária que reflete a visão de futuro do governo e suas prioridades para o próximo ano.
  2. Aprovação do Orçamento: A proposta orçamentária elaborada pelo Executivo é enviada ao Congresso Nacional para aprovação. Durante essa etapa, a proposta é analisada pelos parlamentares, que podem propor alterações. Este é um momento crucial do processo, pois é quando a visão do governo é confrontada com a visão dos representantes do povo. O resultado é um orçamento que, idealmente, reflete um equilíbrio entre as prioridades do governo e as necessidades da população.
  3. Execução do Orçamento: Uma vez aprovado, o orçamento é executado pelo Poder Executivo. Isto significa que o governo deve agir para atingir os objetivos e metas definidos no orçamento, utilizando os recursos aprovados pelo Legislativo. Esta etapa também é acompanhada de perto pelo Legislativo e pelo Tribunal de Contas, para garantir que o orçamento esteja sendo executado de acordo com o planejado e que os recursos públicos estejam sendo usados de forma eficiente e transparente.
  4. Controle e Avaliação: Por último, mas não menos importante, está a etapa de controle e avaliação. Este é o momento de analisar se os objetivos e metas do orçamento foram alcançados, se os recursos foram usados de forma eficiente e se os resultados esperados foram alcançados. Essa avaliação é fundamental para aprender com a experiência e melhorar o processo orçamentário para o próximo ano.

Cada etapa do processo orçamentário é crucial para garantir que o orçamento público reflita as necessidades e prioridades da sociedade e que os recursos públicos sejam geridos de forma eficiente e transparente. É um processo complexo, mas vital para a boa governança e para o desenvolvimento do país.

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